Menu & Search

Relaxe, você não precisa ser uma Mulher-Maravilha

Relaxe, você não precisa ser uma Mulher-Maravilha

Vemos todos os dias na mídia exemplos de mulheres que trabalham, cuidam dos filhos, ficam lindas o tempo todo, têm um marido dos sonhos… Mas, afinal, essa ideia de perfeição é boa pra quem?

Profissional de sucesso, mãe presente, esposa dedicada, dona de casa exemplar e frequentadora assídua da academia. Só de pensar em tanto papel que as mulheres são cobradas para desempenhar (e bem) dá uma preguiça… A emancipação feminina veio pra nos deixar mais livres, mas também mais ocupadas do que nunca. A grande dúvida é se isso realmente está sendo benéfico para as mulheres ou se a carga só pesou ainda mais pro nosso lado.

Essa cobrança que envolve aspectos culturais e conservadores desconsidera os limites individuais e as necessidades que também temos de descanso, lazer e qualidade de vida. “A mídia contribui para essa superexpectativa quando associa celebridades a esse olhar idealizado. É um desafio individual ficar imune a esses modelos e um desafio para a sociedade conquistar espaços para outros modelos mais humanos”, diz a psicoterapeuta Juliana Breschigliari, de São Paulo.

 

mulher maravilha

Esqueça os modelos de supermulheres que você conhece

Só falta a capa

De perto, ninguém é normal. Essa frase se encaixa perfeitamente nesse modelo da Mulher-Maravilha. É praticamente impossível desempenhar bem tantos papeis ao mesmo tempo e você nem precisa querer isso. Quem disse que precisa ser mãe, profissional, esposa e ter um corpo escultural? Esse combo da felicidade é irreal. Quem escolhe o que te faz feliz é você mesma. Por isso, cada vez mais as mulheres estão adiando ou até desistindo de serem mães. E elas estão muito bem, obrigada.

Por outro lado, escolher ficar em casa pra cuidar dos filhos em vez de construir uma carreira é um acordo que pode dar supercerto se ficar bem acertado entre a família e se for o que te faz feliz.

“Nós devemos aprender a analisar os bastidores dessas mulheres e não apenas o palco. Afinal, não sabemos o que cada uma passa para chegar até ali ‘dando conta de tudo’”, alerta a psicóloga e coach de mães Isabela Cotian, de São Paulo.

O mais comum é que essa mulher praticamente onipresente esconda um cansaço e uma tristeza muito grandes. Porque não há reconhecimento no mundo suficiente para dar conta de tanta dedicação e abnegação de seus próprios desejos.

Pra sair dessa cobrança de ser uma super heroína, comece estabelecendo suas prioridades. Talvez seja preciso um mergulho profundo em si mesma para separar o que é desejo próprio do que é cobrança cultural e familiar. Se estiver muito difícil, procure um terapeuta. Depois, siga essas dicas práticas:

1. Comece o dia fazendo algo por si mesma, algo que te deixe de bom humor. Pode ser tomar um simples café enquanto lê uma revista.

2. Esqueça os modelos de supermulheres que você conhece. Metas irreais só trazem infelicidade.

3. Exija menos de si mesma. Você não precisa fazer tudo ao mesmo tempo e muito menos acertar sempre.

4. Dedique mais momentos ao que realmente te faz feliz e te faz crescer como pessoa.

5. Divida as funções do dia a dia, delegue ou simplesmente não se importe se algo ficar pra amanhã ou simplesmente não for feito.

6. Inclua na rotina um tempo pra cuidar da saúde física e mental. Mas faça atividades que te deem prazer e não aquelas que dizem que você deveria fazer.

Homens, podem entrar!

As mulheres estão se unindo cada vez mais no propósito de se ajudarem e criarem empatia umas com as outras. Mas a participação masculina nesse objetivo de tirar tanta carga das nossas costas é fundamental. “O conceito de parceria tem sido muito valorizado. A mulher busca alguém com quem possa dividir as responsabilidades em todas as esferas. Com companheiros assim, o peso diminui, as atribuições são compartilhadas e uma vida em comum torna-se mais leve”, analisa a matchmaker Jennifer Lobo, de São Paulo.

O desafio não tem gênero: todos temos que buscar maior compreensão e diálogo uns com os outros. “Se cada um de nós formos mais atentos a nós mesmos, às nossas próprias experiências e necessidades emocionais, poderemos ter mais essa disponibilidade para o outro e isso nos permitiria crescer enquanto sociedade”, fala Juliana. Por isso, o autoconhecimento é o ponto de partida para encontrar o equilíbrio que funciona para você. Não para a empresária de sucesso, a cantora milionária, a vizinha perfeita… Abaixo a Mulher-Maravilha!

 

Illustrations Istockphoto, Animation ManOnFactory

 

0 Comments