Que a fotoproteção é essencial para manter uma pele saudável, a gente já sabe. Mas qual é aplicação correta? Tire todas as suas dúvidas aqui!

O verão está chegando e, mais do que arrasar na escolha dos biquínis, você deve estar atenta ao item mais importante da sua bolsa de praia: o protetor solar. A fotoproteção é fundamental para garantir um bronzeado uniforme e, principalmente, saudável.

“Estudos mostram que o uso diário de um fotoprotetor pode reduzir o risco de: câncer de pele, incluindo melanoma, o câncer de pele mais grave; crescimento da pele pré-cancerosa que pode se transformar em câncer de pele; sinais de envelhecimento prematuro da pele, como manchas senis, rugas e pele com textura mais dura e espessa; queimadura de sol; melasma; pontos escuros em sua pele”, enfatiza a dermatologista Valéria Marcondes, de São Paulo, membro da Academia Americana de Dermatologia. Mas existem algumas regras para escolher e aplicar o protetor. Nós ensinamos tudo!

PASSO 1: ESCOLHA O TIPO DE PROTETOR MELHOR PARA VOCÊ

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, “o fotoprotetor ideal deve ter amplo espectro, ou seja, ter boa absorção dos raios UVA e UVB, não ser irritante, ter certa resistência à água e não manchar a roupa. Eles podem ser físicos ou inorgânicos e/ou químicos ou orgânicos.” Os filtros físicos são feitos com dióxido de titânio ou óxido de zinco e são indicados para crianças e adultos com pele sensível.

Aqueles com FPS 30 já são considerados eficientes para a maioria das pessoas, contanto que seja aplicada a quantidade ideal e reaplicado várias vezes ao dia. Filtros mais altos são ainda mais eficientes, porém eles têm textura pesada.
“É legal ter uma consulta prévia com um especialista para avaliar alguns fatores, entre eles: idade, tipo de pele e possíveis problemas prévios. Um adolescente que tem acne, por exemplo, precisa de um protetor solar diferente de uma pessoa mais velha com rugas”, explica o dermatologista Wesley Ferreira, de São Paulo.

AS TEXTURAS MAIS COMUNS SÃO:

Oil free: indicado para pele oleosa e com tendência a acne, ele é feito com acabamento sem óleo. Procure também um que não seja comedogênico.
Mineral: tem apenas filtros físicos (dióxido de titânio ou óxido de zinco) e é indicado para peles sensíveis.
Sérum: tem a textura bem fluida, para uma rápida absorção. Pode ser usado por todos os tipos de pele. É a textura mais confortável e leve.
Mousse: tem um toque aveludado e efeito de primer, escondendo pequenas imperfeições, principalmente na versão com cor.
Creme: a textura mais recomendada para a pele seca e madura, pois hidrata enquanto protege.

PASSO 2. APLIQUE NOS LUGARES MAIS EXPOSTOS

A regra é clara: todo o nosso corpo deve receber o protetor, mas deve-se dar atenção especial às partes descobertas, mais expostas ao sol. Se o seu caso é se bronzear na piscina, por exemplo, não há partes mais importantes do que outras – todas devem ser uniformemente protegidas. Já o protetor solar do dia a dia deve ser aplicado nos braços, mãos e rosto, regiões que costumam ficar mais expostas.

É comum esquecermos algumas áreas, como dobra da orelha, início do couro cabeludo, pés e nuca. Se não quiser ficar com esses pedacinhos vermelhos e descamando, não deixe passar! A região do osso da bochecha, ao redor dos lábios, na ponta do nariz e em suas laterais também são comprovadamente áreas mais propensas a desenvolver campos de cancerização e formação das manchas. Capriche nesses locais.

“O ideal é passar o filtro solar antes de sair de casa, uns 15 minutos já basta, para se ter o efeito pleno. Mas as suas ações de proteção inicial, como a barreira física, são imediatas. Estudos com câmera ultravioleta comprovam isso”, comenta Wesley.

O filtro deve ser usado sempre de forma homogênea, para que se tenha a sensação de estar inteiramente coberto. Ele também deve ser a última coisa a ser aplicada na pele, depois de possíveis hidratantes ou até perfumes. O mais importante é que o filtro solar seja a última coisa que você passe, pois ele precisa ser o mais superficial, formando essa última camada protetora.

PASSO 3. DESCUBRA A QUANTIDADE CERTA

A recomendação da Sociedade Brasileira de Dermatologia é de aplicar:

• Uma colher de chá de protetor solar no rosto, no pescoço e na cabeça
• Uma colher de chá de protetor para a parte da frente do tronco e outra para a parte de trás
• Uma colher de chá para cada braço
• Uma colher de chá para a parte da frente de cada perna e outra para a parte de trás de cada perna.

“Outra medida muito importante é a reaplicação do filtro solar, pois nosso corpo transpira, está exposto à poluição e o protetor vai sendo absorvido. O recomendado é a reaplicação de 2 em 2 horas durante a exposição ao sol”, recomenda o dermatologista.

 

PASSO 4. PROTEJA-SE MAIS UM POUCO

Roupas, bonés e chapéus complementam a proteção. Há, inclusive, roupas especiais com proteção ultravioleta, importante para quem tem a pele clara. Chapéus vazados, como o de palha, não vão proteger de forma eficiente.

Se quiser uma proteção extra, existem antioxidantes orais, que são filtro solares em cápsula. “Eles são substâncias derivadas geralmente de algum produto natural, que, após ingeridas, agem de dentro para fora. Eles diminuem a oxidação das células, o que confere um complemento ao filtro solar. Mas vale lembrar que não dispensam o uso do filtro solar”, conclui Wesley.

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