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Assuma sua feminilidade com orgulho

Assuma sua feminilidade com orgulho

Ser mulher é ser forte, empática, gentil, vaidosa, sedutora. Temos inúmeros motivos de amarmos sermos femininas!

Em uma época em que se fala muito de igualdade de gêneros, as características ligadas à feminilidade ficam confusas e até mal vistas. Mas ser mulher pode ser maravilhoso. O que realmente importa, afinal, é a liberdade de escolha. Conhecendo as qualidades que culturalmente foram destinadas às mulheres, você pode sentir orgulho delas ou, quando estiver a fim, deixá-las de lado.

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Ariadne e a pantera – Johann Heinrich von Dannecker (1778-1841)

O que é feminilidade?

A definição para feminilidade segundo a Wikipedia é “um conjunto de atributos, comportamentos e papéis geralmente associados às meninas e às mulheres”. Alguns acreditam que esses atributos podem ter origem biológica, mas a maioria concorda que são basicamente construções culturais. Desde pequenas, somos criadas para sermos mais frágeis e vaidosas do que os meninos. Por outro lado, nos meninos essas características, bem como a sensibilidade, são podadas.

“O problema dos estereótipos é a padronização das mulheres, que são plurais, mas principalmente há o problema de pensar que isso é motivo para as mulheres serem desqualificadas e inferiorizadas como se não fosse compatível ser inteligente e vaidosa ao mesmo tempo”, aponta a mestranda em História Cultural na UFSC Luana Borges Lemes.

De uma forma ou de outra, a feminilidade pode ser vista sob o aspecto positivo e negativo, depende da boa vontade de quem estiver olhando. Nós preferimos ressaltar tudo o que a feminilidade tem de bom. Ser mulher é ser sensível, vaidosa (quando dá vontade), gentil, empática, sedutora…

Essas qualidades, aliás, não precisam estar presentes apenas nas mulheres. Muitos homens têm mais características femininas do que várias mulheres. “O feminino está em homens e mulheres e independe da orientação sexual. Por isso, é urgente pensar a feminilidade não como equivalência de fragilidade, submissão e futilidade apenas”, alerta a psicóloga Maria Clara Mariotti.

Feminina porque quero

Por ter aspectos construídos culturalmente, a feminilidade pode ser desconstruída, se assim for a vontade da mulher. Do mesmo jeito que os homens podem, sim, ser sensíveis, chorar, demonstrar insegurança e fraqueza. Essas obrigações sociais, quando vividas no automático, aprisionam. Mas, se conscientes, podem ser abraçadas lindamente!

“As mulheres atuais são lutadoras, articuladas, politizadas e conscientes de seus direitos e desejos e de sua igualdade em relação aos homens. Diante de todo movimento e conhecimento adquiridos a duras penas, essa nova geração de mulheres está rompendo todos os limites convencionais, inclusive sobre o que é masculino e feminino”, acredita Maria Clara.

Liberdade de escolha

No trabalho, lugar onde a mulher pode se sentir acuada, essas características só têm a acrescentar positivamente. Imagine se uma cultura empresarial empática, gentil e sensível não teria mais sucesso do que uma rude e superficial.

“Não precisamos abandonar nada que ‘pareça feminino’. Ao contrário, precisamos lutar para que esse lado não seja mais discriminado e oprimido como algo menor, como quando alguém se refere a ‘mulherzinha’, ‘princesa’ e ‘gay’ com a conotação de inferiorizar uma pessoa a partir do que é considerado feminino”, diz Luana.

Nas relações humanas, nem se fala. Se todos (meninos e meninas) fossem educados para desenvolver características que por muito tempo só foram ensinadas às mulheres, o mundo estaria bem mais harmônico.

Se você gosta de ser feminina, adora usar um vestido e salto alto e ama cuidar do seu corpo, não sinta vergonha disso. Afinal, não são essas características que te definem. Você é muito mais do que isso e não deve ser rotulada pelo que veste e como se cuida. Mostre que é feminina e espalhe vibrações para criar um mundo mais feminino: cheio de empatia, gentileza e sensibilidade.

 

Illustrations Istockphoto

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